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    RSC inicia entrega das sementes encomendadas no primeiro semestre

    A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) deu início a entrega das sementes nativas que serão utilizadas na restauração de diversas áreas degradas do Cerrado, por meio da técnica semeadura direta. No total, serão mais de 2 toneladas de sementes entregues a produtores dos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e do Distrito Federal.

    Com o objetivo de ofertar maior qualidade e variedade de sementes a RSC trabalha sob encomenda que são realizadas, preferencialmente, no primeiro semestre. “É importante reforçar que, as encomendas devem ser feitas sempre no início do ano para o planejamento de coleta dos coletores e ainda, para garantir maior diversidade de espécies e qualidade de sementes”, destacou Camila Motta que é bióloga e Gerente do Projeto Mercado de Sementes e Restauração: Promovendo Serviços Ambientais e Biodiversidade.

    A bióloga ressalta ainda que, estas sementes são coletadas pela Associação Cerrado de Pé, na Região da Chapada dos Veadeiros (GO). “Nós estamos falando de um recurso natural, portanto se trabalhamos com planejamento cumprimos o nosso papel de atuar de modo sustentável. Além do que, trata-se de uma cadeia produtiva e precisamos deixar frutos para a regeneração natural e para os animais silvestres. Outro fator que precisa ser levado em consideração é que cada espécie tem o seu período de floração e frutificação”, detalhou Camila Motta ao explicar que a RSC exerce o papel de conscientizar os coletores e a comunidade para que nada seja desperdiçado no Cerrado.

    Jaqueline Orlando, técnica da RSC, que acompanhou o trabalho, frisa que nesta etapa final, a equipe da RSC apoia às comunidades para realizar a pesagem e identificação das sementes.

    Segundo Jaqueline, a equipe armazenou no galpão da Associação Cerrado de Pé, em Alto Paraíso (GO), um total de 500 kg de sementes de diversas espécies como Angelim Bravo; Angico, Barú, Caju, Cajuí, Capitão da Mata, Maria-preta, Carne-de-vaca, Caroba, Copaíba, Fedegosão, Jacarandá, Jatobá-da-mata, Miridiba, Sucupira-branca, Tatarena e Tingi.

    A técnica explica que as sementes foram coletadas por 15 famílias da comunidade quilombola Kalunga do Vão do Moleque, em Cavalcante (GO). “No total foram 1.239 kg de sementes, divididas em duas etapas. Essa atividade é o complemento de renda para essas famílias que, além de colaborarem com a conservação ambiental, também tiram sustento com a comercialização de sementes nativas. Esse papel social que a RSC desenvolve simultaneamente ao processo de restauração do Cerrado é de extrema importância”, acrescentou Jaqueline.

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