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    Semear para brotar: Podcast da RSC destaca projeto que vai restaurar cerca de 800 hectares do Cerrado brasileiro

    Para compreender um pouco mais sobre a execução do projeto “Águas Cerratenses: semear para brotar” e como será feita a restauração em larga escala, no Cerrado brasileiro, a equipe do podcast Semeando Cerrado conversou com a bióloga e coordenadora do projeto, Alba Cordeiro. A iniciativa realizada pela Rede de Sementes do Cerrado em parceria com a Associação Cerrado de Pé e a Semeia Cerrado visa restaurar nos próximos três anos, por meio da técnica da semeadura direta, cerca de 800 hectares de APP (Áreas de Preservação Permanente) e RL (Reserva Legal) no norte e nordeste de Goiás.

    Nesta entrevista, Alba Cordeiro, que também é a CEO da Semeia Cerrado, conta que a meta foi estabelecida com base na capacidade de produção de sementes nativas. “Vamos supor que a gente tivesse identificado inicialmente que havia uma demanda de 3500 hectares para recuperar. A capacidade de produção de sementes atual da Cerrado de Pé não me possibilitaria ampliar este número, por mais que a gente já tivesse essas áreas pela falta de sementes para o plantio”, afirma.

    A bióloga destaca ainda que o maior desafio, neste momento, é visitar as propriedades rurais para explicar sobre a importância do projeto, o Código Florestal que estabelece áreas de Reservas Legais e de Preservação Permanente, assim como as vantagens de estar em conformidade com a lei. “Cada vez mais estados vêm regularizando, por meio de seus programas, o Cadastro Ambiental Rural, e na mesma proporção exigindo que estas propriedades estejam regularizadas. Uma série de mecanismos que eles têm usado para isso, por exemplo, quando o proprietário vai acessar o crédito rural, já estão exigindo que essas áreas estejam regularizadas, empréstimos bancários e diferentes mecanismos, processos de licenciamento ambiental que ele precisa fazer e ter uma licença”, pontua.

    Financiado pelo Fundo Socioambiental CAIXA, o projeto prevê que as ações de restauração nas áreas degradadas sejam realizadas em Minaçu, Teresina de Goiás, Cavalcante, Alto Paraíso de Goiás, São João D’Aliança, e Niquelândia. Além da restauração que será desenvolvida nas propriedades, o projeto Águas Cerratenses tem como foco a capacitação de novos coletores, trabalhar a conservação nas unidades educacionais e com isso conseguir o maior benefício ambiental que é a diversidade biológica de espécies vegetais e maior produção de água.

     

    Confira este bate papo no Spotify:

    https://open.spotify.com/episode/3fsvpdD9lh5Gcmr3PtGqDq?si=QL4l01syQ2SxQhdenTY3Jg&nd=1

    Publicado em 10/05/2022

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