No último domingo, dia 9, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) esteve presente em uma roda de conversa dedicada às práticas de conservação das sementes tradicionais indígenas e da biodiversidade. O encontro teve como foco valorizar o papel das comunidades indígenas e tradicionais na conservação do meio ambiente.

A roda de conversa, que aconteceu na Aldeia Multiétnica, em Alto Paraíso de Goiás (GO), trouxe à tona discussões relevantes sobre a importância das sementes e seu papel na manutenção da biodiversidade. Anabele Gomes, vice-presidente da Rede de Sementes do Cerrado, ressaltou que a técnica da semeadura direta, utilizada na restauração vieram dos saberes das comunidades indígenas. "As comunidades indígenas são guardiãs de saberes ancestrais e possuem um conhecimento profundo sobre as práticas de conservação das sementes, plantio e restauração. Valorizar e promover suas práticas é essencial para a conservação da biodiversidade”.

Além das sementes como fonte de restauração, durante o bate-papo o grupo discutiu sobre sementes que são utilizadas como alimentos. A participação da RSC na roda de conversa reforça o compromisso da organização em promover a valorização das sementes nativas do Cerrado e a conservação da biodiversidade. “O encontro foi um momento enriquecedor de aprendizado e reflexão sobre a conservação ambiental e da cultura”, concluiu Anabele Gomes. Entre os convidados estiveram Terezinha Dias e Marcelo Brilhante, da Embrapa, e Claudomiro Côrtes, da Associação de Coletores Cerrado de Pé (ACP) e lideranças indígenas de diversas etnias.