Evento teve como foco promover a troca de conhecimento por meio de oficinas e produtos agroecológicos
Com o objetivo de trocar experiências e conhecimento sobre restauração ecológica, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) participou nos dias 11 e 12 de agosto da 14ª Feira de Troca de Sementes e Mudas Tradicionais das Comunidades Quilombolas. A ação aconteceu em Eldorado (SP), próximo às comunidades quilombolas do Vale do Ribeira.
No primeiro dia do evento, após abertura conduzida por atores locais, os participantes tiveram a oportunidade de engajar-se em três oficinas simultâneas: Fiscalização Ambiental, Restauração, Muvuca e Sementes, e Alimentação Escolar. Presidente da RSC, Camila Motta, pontuou a participação da equipe na oficina de restauração. “Nós participamos da oficina sobre Restauração, Muvuca e Sementes que abordou sobre a importância da restauração para o ecossistema e de que forma a muvuca e a técnica da semeadura direta podem contribuir neste processo. O evento foi oportunidade incrível de trocar experiências e compartilhar conhecimentos, além de fortalecer a importância da conservação ambiental alinhada à valorização das tradições ancestrais”, ressalta.
O fortalecimento das relações com a Rede de Sementes Vale do Ribeira, que é referência na luta pela conservação da Mata Atlântica, foi outro ponto de destaque mencionado pela Presidente da RSC, que participou do evento ao lado da vice-presidente Anabele Gomes, da Diretora Secretária Cibele Santana e da Responsável Técnica da RSC Natanna Horstmann. “ A Rede de Sementes do Vale do Ribeira tem feito um trabalho importantíssimo envolvendo comunidades quilombolas na restauração da Mata Atlântica e, é um trabalho de base comunitária bem parecido com o que a RSC tem feito aqui no Cerrado. Participar desta inciativa permitiu fortalecer ainda mais os laços entre essas duas Redes que estão juntas no Redário, um projeto desenvolvido em parceria com Instituto Socioambiental(ISA) para apoiar a estruturação da base da cadeia de restauração em larga escala”, destacou.
No segundo dia, o foco do evento se voltou para a troca e compra de produtos da agricultura familiar, sementes, artesanato e atividades culturais que refletem a região. A Feira desempenhou um papel crucial na promoção de discussões relevantes sobre a cultura e a administração das roças tradicionais quilombolas. Além disso, a troca de sementes e mudas não apenas aprofundou os laços entre as comunidades, mas também complementou a renda através da comercialização de produtos agroecológicos. “Esse encontro anual não só consolidou vínculos culturais, mas também se estabeleceu como um espaço essencial para a convergência de ideias e práticas, impulsionando a resiliência das comunidades quilombolas e celebrando sua rica herança cultural e ecológica”, concluiu Camila Motta.
Publicado em 16/08/2023