Visando discutir temas fundamentais como o reajuste de preços das sementes, bem como a prestação de contas do ano anterior, a Associação de Coletores de Sementes Cerrado de Pé (ACP) e a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) promoveram no último sábado, 10, uma assembleia com os coletores da comunidade quilombola Vão do Moleque. O encontro aconteceu no Colégio Estadual Quilombola Kalunga I, localizado na comunidade Maiadinha.

Diretor de Restauração da ACP, Claudomiro Cortes explicou que ao debater o preço das sementes, a Associação enfatizou a importância de ajustes anuais com base na experiência adquirida pelos coletores e clientes no ano anterior. “Ano passado coletamos cerca de 15 novas espécies de sementes e por ser o primeiro ano há um valor estimado. Com a experiência no mercado a partir deste ano conseguimos estabelecer valores justos, visando beneficiar tanto os coletores quanto os consumidores”, explicou Claudomiro.

Prestação de Contas
Além do reajuste, a assembleia abordou a prestação de contas anual, com enfoque na quantidade de sementes vendidas e os repasses individuais aos coletores. Também foi decidido um novo ponto de recebimento de sementes, ampliando as opções para os coletores, agora na capela da comunidade.

Impacto Social
Durante a reunião, os coletores compartilharam suas conquistas provenientes da venda de sementes. Vice-presidente da ACP, Emilverton de Sousa Fernandes, conhecido com o Ni, destacou como o trabalho impactou as famílias, proporcionando melhorias. “Nosso trabalho já ajudou muitas pessoas. Hoje na comunidade Vão do Moleque são 115 coletores e esta atividade extra já ajudou a comprarem bezerras, televisores, guarda-roupa, armários, construções de banheiros e até de casas. Olhando assim pode até parecer pouco, mas para nós é uma grande conquista”, compartilhou.

O esforço na coleta de sementes do Cerrado tem contribuído para o progresso e qualidade de vida das famílias envolvidas. A assembleia evidencia a importância da colaboração e do diálogo constante entre os coletores, fortalecendo a sustentabilidade e o desenvolvimento. “Com esse encontro saímos muito mais motivados a fazer o nosso melhor no decorrer de 2024 e isso impactará tanto em nossas vidas quanto no Cerrado brasileiro”, finalizou o vice-presidente da ACP.