Aconteceu nesta quinta-feira 02, em Alto Paraíso de Goiás (GO), o primeiro curso de Coleta de Sementes Nativas de 2023. A iniciativa contemplou os novos coletores que moram na região da Chapada dos Veadeiros, como a comunidades Engenho 2, Ema, Ribeirão, São Domingos e Vão de Almas, todos no território quilombola Kalunga. Além do Assentamento Sílvio Rodrigues, de alto Paraíso de Goiás.

De acordo com Natanna Hostmmann, técnica responsável pela produção de sementes da RSC, a capacitação foi para atender as demandas crescentes de sementes para restauração do bioma bem como contribuir na geração de renda complementar dos moradores da região que desejam atuar na coleta de sementes nativas do Cerrado. Conforme a programação, após apresentar as equipes da Rede de Sementes do Cerrado (RSC) e Associação Cerrado de Pé (ACP) aos novos coletores o grupo participaram de uma atividade prática. “Logo pela manhã fomos para o campo para realizar as coletas de sementes e seu beneficiamento”, disse Natanna Hostmann.

No período vespertino os técnicos da RSC e da Cerrado de Pé descreveram aos novos coletores o fluxo da coleta que detalha pontos como as espécies utilizadas na restauração, coleta e maturação, bem como atividades de coleta e beneficiamento. Morador na Comunidade Vão do Moleque, o cursista Adimilson Moreira Carvalho, pontou a importância de gerar renda sem desmatar as áreas. “Vim na expectativa de aprender mais e mudar a realidade, pois aprendemos a desmatar para gerar renda e o curso aborda o oposto, que é possível manter a floresta em pé, recuperar áreas degradadas sem derrubar uma árvore que seja”, pontuou.

As atividades foram encerradas às 18h30 com uma visita à Casa de Sementes. O primeiro curso de coletas de 2023 contou com o apoio do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (FUNBIO), através do projeto Copaíbas.

Programa Copaíbas
O Programa Copaíbas tem como objetivo contribuir para a redução do desmatamento, por meio do apoio a estratégias que promovam a conservação de florestas e áreas de vegetação nativa na Amazônia e no Cerrado, resultando também em melhores condições de vida para populações tradicionais e povos indígenas.