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    RSC celebra 19 anos na missão de conservar a sociobiodiversidade do Cerrado

    A Rede de Sementes do Cerrado (RSC) completou, no dia 05 de agosto, 19 anos de trabalho e dedicação à conservação do Cerrado, um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil. Durante esse período, a instituição tem desempenhado um papel fundamental ao ressignificar o olhar sobre o Cerrado e trazer melhorias na vida daqueles que vivem em áreas conservadas. Contribuir com soluções práticas e inovadoras para a cadeia da restauração ecológica inclusiva e políticas públicas que mantenham o Cerrado em pé tem sido uma das principais missões da RSC.

    A história da RSC remonta a 2001, quando o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) apoiou a criação de oito Redes em diferentes biomas do país. Desde então, os professores Linda Styer Caldas e Manoel Cláudio da Silva Júnior perceberam a escassez de sementes de espécies nativas para a restauração do Cerrado e, com empenho, tornaram possível a concretização de uma organização dedicada à conservação desse patrimônio natural.

    Em 2004, o compromisso da Rede com a conservação da sociobiodiversidade do Cerrado levou à sua formalização como uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, qualificada como OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Desde então, a RSC atua como pioneira, desempenhando um papel essencial em toda a cadeia de produção de sementes, envolvendo a capacitação de coletores até a comercialização responsável desses recursos preciosos.

    A presidente da RSC, Camila Motta, destaca que desde 2017 a Rede comercializa grandes quantidades de sementes coletadas por pequenos agricultores, assentados e quilombolas que vivem na região da Chapada dos Veadeiros. “Essa iniciativa não apenas fomenta a restauração ecológica e regulamenta a atividade de coleta de sementes, mas também contribui para a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida das comunidades do Cerrado”.


    Protagonismo feminino
    Outro destaque da RSC é o protagonismo feminino que permeia a organização desde sua criação. A presidência sempre foi ocupada por mulheres, e a Diretoria atual é composta exclusivamente por elas. Além disso, as mulheres são maioria nos Conselhos, na equipe técnica dos projetos e na coleta de sementes, refletindo o compromisso com a igualdade de gênero e o fortalecimento da participação feminina em questões ambientais.


    “Mais do que gerar renda a partir do Cerrado, o projeto promove a inclusão de gênero e contribui para que mais mulheres conquistem independência financeira. Esta atividade a partir das sementes tem sido importante para o empoderamento destas mulheres”, complementa a presidente.

    Redário
    Para promover a troca de conhecimentos e experiências entre os coletores, a RSC passou a integrar o Redário a partir de 2022. Essa iniciativa, que reúne 22 redes e grupos de coletores de sementes de todo o país, tornou-se uma alternativa para a restauração ecológica no Brasil. O Redário tem como objetivo fornecer apoio necessário à produção de sementes nativas, impulsionar o mercado e viabilizar as melhores sementes para a recomposição de cada ecossistema.

    A Rede Sementes do Cerrado celebra 19 anos de atuação, destacando sua trajetória de sucesso e os esforços contínuos para proteger a riqueza e diversidade do Cerrado, visando um futuro sustentável e próspero para todos.

     

    Foto da capa: Luana Santa Brígida

    Publicado em 07/08/2023

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