“A semente nativa transforma vidas, desde o social, ambiental e econômico”, é o que destaca Camila Motta, Presidente da Rede de Sementes do Cerrado (RSC). Com uma nova perspectiva sobre a conservação do bioma, a RSC desenvolve em parceria com a Associação Cerrado de Pé, na Região da Chapada dos Veadeiros, um projeto voltado à restauração do Cerrado, através da coleta e produção de sementes nativas que são usadas na recuperação de áreas degradadas. A iniciativa contribui para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade, uma vez que gera a renda para quase 100 famílias da região.
Com o projeto “Conservar e valorar o Cerrado de pé é possível? A semente nativa que gemina vida e oportunidades no coração do Cerrado”, a RSC está entre as finalistas, na categoria Meio Ambiente e Renda, da 11ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2021. Além do certificado de participação e recursos financeiros, a premiação contou com a produção de um vídeodocumentário que detalha como o projeto é realizado.
No curta, divulgado pela Fundação Banco do Brasil, Camila Motta, explica que os coletores são responsáveis por coletar, beneficiar, ensacar e etiquetar as sementes e frutos. “Essas sementes são entregues no galpão da Associação em Alto Paraíso e a Rede de Sementes do Cerrado faz a parte comercial das sementes que é realizada de diferentes formas, uma delas é sob encomenda e outra forma de venda é a pronta entrega, onde normalmente são espécies que ficam no estoque do ano anterior”, acrescenta a Presidente da RSC.
Mas, o diferencial nesta ação é que ela vai além da compra e venda de sementes nativas. Por meio da conservação e valorização de áreas nativas do Cerrado, a RSC atua ressignificando o olhar sobre este bioma e trazendo melhorias na vida daqueles que vivem em áreas conservadas. Visando o aprimoramento técnico e a troca de experiências entre os grupos, a RSC promove a formação de pequenos agricultores, assentados e quilombolas que integram a Cerrado de Pé através de cursos, oficinas, capacitações e reciclagens em coleta.
Orgulhosa do trabalho desenvolvido pela equipe, Camila Motta faz questão de evidenciar a importância da iniciativa. “A semente nativa tem a capacidade de transformar vidas, transforma desde as vidas das comunidades tradicionais, mas ela também modifica a nossa vida como técnicos. Ainda bem que existem iniciativas como essa da Fundação Banco do Brasil para reconhecer e certificar a produção de sementes nativas de base comunitária como tecnologia social”, completa.
O Prêmio Fundação busca valorizar projetos com soluções simples e criativas, capazes de resolver problemas relacionados às questões sociais. Confira o vídeodocumentário:
Publicado em 22/11/2021