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    Dia do Cerrado: RSC celebra a data destacando as ações de conservação da biodiversidade do bioma

    Um dia reservado para lembrar a importância do segundo maior bioma do País. Abundante em biodiversidade, o Cerrado brasileiro é celebrado no dia 11 de setembro. A data visa conscientizar sobre a necessidade de conhecer e conservar o bioma considerado a caixa d’água do Brasil, uma vez que é no Cerrado que está armazenada, em reservatórios subterrâneos, a água que surge na superfície formando as nascentes de oito das doze bacias hidrográficas do Brasil. 

    Mesmo com papel fundamental no abastecimento humano, na geração de energia e produção agrícola, o Cerrado sofre pela degradação desenfreada, o que tem resultado no desequilíbrio do ecossistema. Com o objetivo de minimizar os impactos sofridos pelo bioma, há quase 20 anos a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), que é uma OSCIP (Organização Social da Sociedade Civil de Interesse Público, atua em sua defesa por meio da conservação de sua biodiversidade e no fomento da restauração ecológica. “A RSC nasceu de um projeto que pensou na produção de sementes nativas no Brasil. Por meio da comercialização de sementes nativas, atuamos na restauração e nos últimos anos estamos bem mais focados na restauração inclusiva, que trabalha tanto o viés social, quanto o ambiental”, explica a Presidente da RSC, Camila Motta. 

    Segundo a presidente, mais de 300 hectares de Cerrado já foram restaurados com sementes nativas comercializadas pela Rede de Sementes do Cerrado. Essas sementes são coletadas por pequenos produtores rurais, assentados e quilombolas que integram a Associação Cerrado de Pé. Além de gerar renda e promover a conservação ambiental, a iniciativa permite a valorização do bioma. “Os benefícios vão além do plantio em áreas degradadas, mas influencia na mudança de comportamento social. A oportunidade de trabalho, que amplia a renda das famílias envolvidas no projeto reduz a desigualdade, contribui para a conservação de áreas que servem de fontes de sementes, pois os coletores passam a ver uma fonte de renda no Cerrado vivo, o que resulta na valorização do bioma. Costumo dizer que a semente tem um potencial transformador na vida das pessoas que conhecem o trabalho que realizamos”, acrescenta Camila.

    Entre as ações realizadas pela RSC, é importante destacar a capacitação e formação de coletores de sementes nativas.  Responsável por essas formações, o analista ambiental do ICMBio e Coordenador do Projeto Mercado de Sementes, Alexandre Sampaio, explica nos cursos os coletores aprendem sobre as espécies, período de coleta e forma correta para o manuseio de modo que haja o mínimo de impacto às populações naturais, armazenamento e embalagem, para que a realização da atividade mantenha a qualidade do produto e maximize a quantidade da coleta. “Alguns coletores já atuam como técnicos de restauração.  Este conhecimento de todo o processo da restauração, amplia o ganho destas comunidades e mostra que é possível reconectar com o Cerrado, desempenhar um trabalho que gera uma renda sustentável e reduz os impactos globais no planeta”, completa.

    Publicado em 10/09/2021

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