A manutenção tem como foco suprimir do local a rebrota do capim exótico
A equipe do Projeto Águas Cerratenses: semear para brotar iniciou na área sul, de onde foi realizado o plantio para restauração de áreas degradadas, no Projeto de Assentamento (P.A.) Mingau, em São João D’Aliança (GO), o manejo para retirada das Espécies Exóticas Invasoras (EEI). A manutenção tem como foco suprimir do local a rebrota do capim exótico para que as espécies semeadas não fiquem abafadas com o crescimento da braquiária.
Engenheiro florestal do Projeto, Gustavo Rocha, pontuou que a germinação das sementes foi um sucesso e em conjunto com a regeneração natural da área, a incidência das espécies exóticas já estava prevista. “Para a retirada destas gramíneas duas técnicas serão usadas, capina seletiva com enxada e capina química. Muito deste capim está também perto dos remanescentes arbóreos e arbustivos onde não foi possível passar a grade de modo a preservá-los”, disse.
Coordenadora do Projeto, Alba Cordeiro destacou que a retirada das gramíneas contribui para que as plantas nativas tenham mais luz e nutrientes do solo. “Na verdade, estamos dando uma mãozinha para que as nativas possam se desenvolver e a restauração dê muito certo. O resultado final deste trabalho de restauração é restabelecer o ecossistema original da área garantindo a conservação das nascentes”.
Já na parte norte, devido ao desmatamento recente da área, que aconteceu em 2017, o retorno do capim exótico foi menor e a regeneração da área campestre associado a germinação das espécies semeadas indicam sucesso da área, assim como nas áreas em que foram realizados o enriquecimento do solo com as covetas, que estão fechando os locais que apresentavam solo exposto.
Restauração
O P.A. Mingau recebeu em novembro de 2022 o plantio de 68 espécies de sementes nativas em 27 hectares. Para a realização da atividade foram usadas técnicas distintas de acordo com o cenário de degradação.
Águas Cerratenses
O Projeto Águas Cerratenses é financiado pelo Fundo Socioambiental Caixa e executado pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC), em parceria com a Associação Cerrado de Pé (ACP), Semeia Cerrado e Prefeitura de São João da Aliança. Até 2024, o projeto vai restaurar 800 hectares de áreas degradadas de Cerrado.
Publicado em 24/02/2023