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    Dia Nacional da Conservação do Solo; entenda a importância do solo do Cerrado e os motivos de conservar o bioma

    Celebrado em 15 de abril, o Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído pela lei 7.876 publicada em novembro de 1989. A data faz homenagem ao nascimento de Hugh Hammond Bennett que é considerado o “pai” da conservação do solo. Abrigo para várias espécies e para a água dentre outros recursos essenciais à vida, o solo é fonte de alimentos e matéria-prima para os mais diversos fins e ainda, responsável pela reciclagem de matéria orgânica, filtragem e diversos outros processos.

    O solo do Cerrado é importante para a conservação de água e da vegetação. “É de conhecimento de muitos, que o solo do Cerrado é pobre em nutrientes exatamente por ser um solo antigo que recebe muita água. Chovem 1500 mm, em média, por ano, em cada área de Cerrado o que corresponde a 1500 litros por metro quadrado a cada ano. Neste sentido, temos muita água entrando neste solo e causando a lixiviação ao levar os nutrientes para o fundo. A importância do solo no Cerrado está relacionada à sua capacidade de promover a conservação de água e a conservação de uma vegetação que é tão antiga e adaptada a essas condições climáticas e de solo”, destaca o analista ambiental do ICMBio, Alexandre Sampaio, que é também o coordenador do Projeto Mercados de Sementes desenvolvido pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC).

    O analista detalha a importância de conservar a água do Cerrado. “O Cerrado é conhecido como a caixa d’agua do Brasil, uma vez que se encontra no Planalto Central, onde temos nascentes de todas as principais bacias do país. Aqui no Cerrado, tem nascentes de rios das bacias hidrográficas que vão para Amazônia, para o São Francisco e para a Bacia do Prata no sul do país. O Cerrado leva água para todos os biomas brasileiros e para todas as regiões. Para explicar a importância do Cerrado, eu costumo dar esse exemplo da caixa d’água, pois as pessoas sabem que é preciso proteger, especialmente as matas próximas aos rios, que são áreas de proteção permanente, mas são como a tubulação e a torneira de uma casa, ou seja, caso não haja água na caixa d’água não levarão água a lugar nenhum”, explicou.

    Alexandre ressalta ainda, as consequências do desmatamento no Cerrado. “O desmatamento do Cerrado acarreta mudanças no tipo de vegetação e, consequentemente, reduz a entrada de água no solo ocasionando a diminuição na vazão de rios e recarga lençóis freáticos e isso acaba reduzindo também, a quantidade de água que fica e a que é levada para outras bacias hidrográficas em outros lugares do país”, acrescentou.

    É neste contexto de desmatamento, ou melhor, de conservação, que se destaca o trabalho da Rede de Sementes do Cerrado. Com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) e do Instituto Caixa Seguradora, a RSC, em parceria com a Associação Cerrado de Pé, realiza, através do projeto Mercado de Sementes e Restauração: Promovendo Serviços Ambientais e Biodiversidade, a restauração deste importante bioma.

    Vale lembrar que, por meio do Projeto, a Rede faz a comercialização de sementes nativas do Cerrado que são usadas no processo restauração do Cerrado pela técnica de plantio denominada semeadura direta, que é um método mais barato e eficiente para restaurar o bioma.

     

    Publicado em 15/04/2020

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